Queridos, ainda estou bem doente, mesmo assim, aqui está como prometido, um artigo sobre a crise grega, lhes confesso, de início o meu entendimento sobre o assunto era mínimo, tenho certas frustrações com a econômia, me perco nas prováveis reações e na quantidade de bancos e financiamentos cujos nomes minha modéstia não sabe pronunciar, mas principalmente quando tento assistir aos telejornais..Prefiro locais onde não se resume a história a tal ponto que parece loucura compreender...
*Agradeço as revistas de ecônomia*
Vamos por tópicos:
1)A União Europeia, "teoricamente a maior potência econômica mundial", aguardou tímida e ansiosamente a reação dos “mercados” – ou seja, essencialmente os mesmos bancos que há um ano seus governos tiveram de socorrer de seus próprios erros. Foi de completa indiferença: o euro continuou a cair, assim como as ações das empresas europeias e os títulos de dívida da Grécia e de outros países europeus: não só Portugal e Espanha, que tiveram suas classificações recentemente rebaixadas pela Standard & Poor’s, mas também a Itália, maior emissor de dívida da Europa (42% dela em mãos de estrangeiros, ante 45% da Espanha, 77% da Grécia e 80% de Portugal). - Carta Capital
2)Os países da Zona do Euro e o Fundo Monetário Internacional prometeram socorrer a Grécia com 110 bilhões de euros e seu governo aceitou o pacote. ( Imediatamente ignoraram a ideia dos 45 milhões inicias propostos, vale salientar as inúmeras reações populares e a "real" disposição dos europeus para a compressão e mudança imediata do governo)
3)Irônica e infelizmente o contrário aconteceu do que o luxemburguês Jean-Claude Juncker, presidente do eurogrupo, afirmou ; "a ajuda não será realmente necessária, bastará os fios dos bigodes europeus para acalmar os mercados e permitir à Grécia rolar normalmente sua dívida".
4) Todas as manifestações populares são compreensíveis, ainda que prejudiquem o andamento da diminuição da divida , por serem contra a firmar acordo com o FMI, entretanto é alarmante as taxas de desemprego e o constante aumento dos impostos:
desemprego de 10,3% (25,3% entre jovens de até 25 anos) arcarão com aumento de 21% para 23% no imposto sobre valor agregado (19% até Março) e de mais 10% em cigarros, álcool e combustíveis. Além disso haverá o adiamento das aposentadorias em pelo menos três anos e corte drástico em seu valor ,"tudo isso combinado com a “liberalização” dos mercados de energia e transportes e das profissões regulamentadas, o que trará tarifas mais altas e salários mais baixos" E.C.
5) Porque tantos impostos? Porque uma crise? Simples e já comumente: sonegação de impostos por parte da burguesia "realmente" rica , nesse caso, gregos com belas aquisições de capital, que geraram uma estimada quantia de 23 bilhões de euros anuais – quase 10% do PIB , em acumulos de sonegação. Um detalhe cômico: "Nas declarações ao Fisco, apenas 324 moradores dos subúrbios de Atenas admitiram ter piscina: o Google Earth mostra 16.974", enfim, muitas e grandes possas d'água.
6)Nem com a ajuda dívina do"Monte Olimpo"(morada dos deuses) os gregos vão estagnar a crise, se continuarem a ser socorridos pelos bancos internacionais, aonde os países aumentaram suas dívidas pública com o intuito de ajudar e paralelamente recebem as críticas dos próprios bancos, especulando os riscos e possíveis falências.
7) O desfecho: "Sim , nós podemos! " Há uma solução até razoável, depois de tanta balburdia, de acordo com os economista, é simplesmente regulamentar os fluxos internacionais de capitais e os mercados financeiros e colocá-los sobre cuidados. Ou como sugeriu também o jornalista-economista Antônio Luiz Costa é " dar à União Europeia uma real unidade política e fiscal, com recursos e poder de decisão para mobilizar trilhões de euros e promover os ajustes necessários, não só dos devedores, como dos credores." Que os" olhos gregos" ajudem!

Espero que tenha sido útil pessoal !

Abraços, porque agora eu tenho uma listinha de remédios coloridos para tomar... Até breve!