Passeios

Viajante

Minha foto
Meu caminho nesse mundo, eu sei.Vai ter um brilho incerto e louco dos que nunca perdem pouco,nunca levam pouco,mas se um dia eu me der bem,vai ser sem jogo (...)Cazuza. Uma menina comum.

terça-feira, 11 de maio de 2010

EI, CARAS PÁLIDAS!

Essa semana não está sendo muito criativa, lhes confesso que este texto (a cartomante) fiz na sexta-feira passada, tentei escrever algo relativamente agradável hoje, mas não ultrapassei isto:


Contatos Imediatos de Terceiro Grau :


-Minha consciência: ESTAMOS EM BREVE, POR FAVOR DEIXE SUA RECLAMAÇÃO NO POSTO AO LADO.

Fernanda : Ainda tenta ser cordial, droga.

**********

Espero que gostem a crônica, remete ao estilo "café com leite" de ontem. Vou continuar suportando; embora não sem dor esse descaso criativo, até amanhã surge algo novo, se não ,telefono para mamãe (motivação de alto impacto melhor não há). Boa sorte pessoal.


A Cartomante:


-Numa baita curiosidade! Entrei num desses cubículos onde oferecem leituras sobre os clássicos: passado, presente e futuro.


Dona Margô: Então, o que temos?
Renato: Temos?
Dona Margô: Digo, o que desejas saber rapaz?
Renato: Ah claro! Que tal uma surpresa?
Dona Margô: Quando ela virá?
Renato: Não, não Senhora! Quero que me diga algo novo!
Dona Margô: Podemos então começar cortando as cartas, por favor querido.
Renato: Tudo bem. Isso tem base?
Dona Margô: Vejo que vem de longe! Ah, é de Minas!
Renato: Mas isso o meu sotaque já mostra!
Dona Margô: Continuemos. Não me desconcentre, por favor.
Renato: Certo, certo.
Dona Margô: Hum, família grande, muitos irmãos?
Renato: Não, sou filho único.
Dona Margô: Então trabalha com crianças?
Renato: Também não, sou contador.
Dona Margô: Logo vi!
Renato: A Senhora acabou de me perguntar se eu era professor!
Dona Margô: Para confirmar a minha previsão nas cartas! Logo percebi que o Senhor é contador, tem cara de tal!
Renato: Mamãe disse que eu tinha cara de artista!
Dona Margô: Podemos ver se isso é uma aspiração futura?O que acha?
Renato: Não obrigado. Continue.
Dona Margô: Um amor platônico?
Renato: Uma vez fiz um intercâmbio e...
Dona Margô: Conheceu uma estrangeira!
Renato: Não exatamente, ela era brasileira mesmo, aqui de Passo Fundo
Dona Margô: Vocês vão se reencontrar! E o Senhor terá um novo cargo em seu escritório!
Renato: Jura? Pensei que estavam fazendo cortes, mas que maravilha!
Dona Margô: Não meu rapaz, eu vejo tudo nas cartas! Está escrito, mas agora tenho que ir. São 50 reais pela consulta.
Renato: Aonde a Senhora vai?
Dona Margô: Tenho que ir para meu trabalho
Renato: Uai! Como assim?
Dona Margô: Sou auxiliar num escritório de contabilidade, está na minha hora.
Renato: Mas e toda essa história sobre o meu futuro, a minha esposa do exterior!
Dona Margô: Bah, acredite nas cartas!
Renato: Que danado de cartas! A senhora me enganou!
Dona Margô: Nunca, as cartas nunca erram, nunca.
Renato: Opa, opa! Escritório de contabilidade! Ah, estou reconhecendo a Senhora
Dona Margô: A mim?
Renato: Vou lhe fazer uma previsão gratuita: Vejamos, assim que a Senhora chegar no seu escritório, vai encontrar um Rapaz chamado Antônio, e logo depois subirá até o vigésimo segunda andar..
Dona Margô: Como sabe disso?
Renato: Também vi nas cartas! Além do mais, eu só queria um cafezinho descafeinado, mas não tinha ninguém no setor de auxilio, então vim até a avenida, procurar por um, mas tive a infeliz ideia de entrar aqui.
Dona Margô: Estou sem palavras. Como adivinhou?
Renato: Li no bule do café na esquina... Ainda me admiro não acertar nada sobre mim, sou do setor da Senhora!
Dona Margô: Mas Seu Renato o Senhor bem acreditou nas minhas previsões.
Renato: É um Bololê (confusão) mesmo, o que não faz a falta de um cafezinho.
Dona Margô: Verdade Seu Renato? Ali no Seu Brás tem um ótimo!
Renato: Lá vende descafeinado?
Dona Margô: Tem de tudo Seu Renato! Acredite foi destino!
Renato: Foi o cafezinho!
*************
• Bololê =confusão na gíria mineira
•Bule= é o utensílio culinário usado para preparar e servir o chá, especialmente nos países orientais, ou café.

Nenhum comentário:

Postar um comentário