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Meu caminho nesse mundo, eu sei.Vai ter um brilho incerto e louco dos que nunca perdem pouco,nunca levam pouco,mas se um dia eu me der bem,vai ser sem jogo (...)Cazuza. Uma menina comum.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Salve Salve! Depois de uma tentativa frustrada de poema, numa tarde perdida em versos desarranjados, minha "carga literária" com suas alegorias, avisou-me:

eu, rodo-pio!

(Aí está o que chamamos de consciência opressora e metida a comediante)

Entre problemas, prefiro os escritos por Paulo Leminski...



No fundo, no fundo,

bem lá no fundo,

a gente gostaria

de ver nossos problemas

resolvidos por decreto.

A partir desta data,

aquela mágoa sem remédio

é considerada nula

e sobre ela- silêncio perpétuo.

Extinto por lei todo o remorso,

maldito seja que olhas para trás,

lá para trás não há nada,

e nada mais.

Mas problemas não se resolvem

problemas têm família grande,

e aos Domingos saem todos a passear

o problema, sua senhora
e outros pequenos probleminhas.

-Paulo Leminski-
*Foto de Roberto Faria

2 comentários:

  1. não me deixe só, que tenho medo do escuro, do fantasma da minha voz...Linda a sua sensibilidadee etc e tal...

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  2. Obrigada Rodrigo!!! Digo o mesmo de você, adoro seus poemas. Abraços, Nanda.

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